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Henri Cartier-Bresson concilia a técnica, estética e conteúdo. 'Martine Franck' - última mulher de Cartier-Bresson,a também fotógrafa belga. Martine Franck lê um livro (1965) (Foto: © Henri Cartier-Bresson / Magnum Photos, cortesia Fondation Henri Cartier-Bresson)
A fotografia começa no olhar, passa pelo equipamento, e se realiza na imagem. Todos os grandes mestres sublinharam que o olhar era mais importante do que o equipamento.
Cartier-Bresson chegou a definir a foto como uma decisão exclusiva do olho do fotógrafo.
As novas tecnologias, então, é ter mudado o termo considerado o menos importante dessa equação. Isso leva os mais pragmáticos a afirmarem em que nada mudou, já que continua valendo a boa imagem, resultado do olhar do autor. É verdade que continua valendo essa boa imagem, mas na verdade alguma coisa, de fato mudou.
É claro que o computador revolucionou não só o ato físico de escrever, como a reprodução e a velocidade de transmissão dos dados escritos, da mesma forma que a tecnologia digital vem fazendo com a imagem.
Também o ato de escrever começa com uma ideia na cabeça do autor com um texto, o resto é equipamento. A ninguém ocorre ser contra o computador e se negar a utiliza-lo, assim como a ninguém ocorre viajar do Rio para São Paulo a cavalo, por exemplo.
Da mesma forma, o que faz de uma vintage um objeto precioso não é a excelência da cópia, mas sim a aura propiciada pela emanação do trabalho e da genialidade do autor, a certeza de que aquele objeto foi “tocado” por ele. A esse tipo de objeto se chama também relíquia, que na sua expressão máxima designa a materialidade da emanação do sagrado. A letra rabiscada de uma canção por Paul McCartney, tem o valor de uma relíquia, só isso já atrai tanta gente.
Quando se fala em proteger de algum modo o processo fotográfico analógico tradicional, está se buscando, tão-somente, garantir ao grande público o desfrute do objeto precioso que a fotografia tem sido até hoje, para além da informação ou da transcendência da imagem.
Sabemos que esse processo tradicional vai continuar possível de ser produzido, mas a que preço? Uma cópia artesanal em P&B já é um produto de luxo. Como se fazer, então, a velha e boa foto pinhole, que tanto tem ensinado gerações e gerações de fotógrafos a “ter olho fotográfico”?
Assim, uma ideia do fotografo Antônio Augusto fontes, discutida em agosto de 2005, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, ícone da vanguarda em artes plásticas no Rio de Janeiro, deu origem a uma proposta que já nasceu polêmica:
“Nós, fotógrafos e amantes da fotografia, reunidos no Parque Lee, por ocasião da celebração dos 30 anos da Escola de Artes Visuais, propomos que o processo analógico em prata seja considerado Patrimônio Cultural e Artístico da Humanidade pela UNESCO, com o objeto de valorizar e preservar esse instrumento de representação do mundo visível.”
Em outras palavras, tudo aquilo que é admirável, deve ser preservado para o usufruto das futuras gerações.
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