Acredito que há três questões muito simples, mas fundamentais, que se aplicam à evolução de nossos processos criativos individuais
1. O que estamos buscando alcançar, pessoalmente, no nosso trabalho? Se nós mesmos não temos uma ideia clara do que queremos alcançar, é de se duvidar que estejamos indo para o progresso de uma forma coerente. É evidente que de acordo com cada fotógrafo a noção do que queremos alcançar pode ser mais inerente com a consideração conceitual intangível, que com considerações de conteúdo concreto ou código composicional.
2. O quão perto chegamos de alcançar o que nos propusemos e por que não conseguimos mais? Esta etapa exige de cada um de nós um olhar prolongado e difícil sobre o quê e como fazemos. Precisamos ser brutalmente honestos sobre nossas falhas. Não há vetor mais importante de progresso o ato de falhar e começar de novo. Isso testemunha a verdadeira assunção de riscos, um elemento essencial para que qualquer progresso seja possível. Criações inovadoras requerem um espaço em que a falha seja considerada uma força positiva de desenvolvimento.
3. Por fim, como podemos assegurar que estamos constantemente questionando o que queremos alcançar, para não estagnar e manter a navegação em águas conceituais inexploradas? O segredo aqui é um espírito aberto, que tudo questiona, contato constante com diferentes formas de atividade criativa e uma paixão em aprender sobre muitas coisas diferentes, não necessariamente diretamente relacionado ao nosso específico campo de trabalho.
Todas as três perguntas são fundamentais. Elas nos obrigam a fazer um esforço para nos conhecermos melhor, para sermos mais honestos e críticos sobre os resultados do nosso trabalho, fazendo-nos estabelecer compromissos para avançar.
Além disso, elas sugerem que esse processo deva ser uma dinâmica interativa – uma espécie de conversa permanente com nós mesmos e outros, cujas opiniões e capacidade analíticas têm nossa confiança, mesmo em seu campo e com modelos conceituais de outras mídias é sempre produtivo. Parece cansativo. É, mas também vale o esforço.
Confrontar o trabalho (bem como o quadro conceitual responsável pela sua existência) com o de outras escolas de pensamento é uma parte importante de um processo educativo que envolve a compressão da história da arte, da história da fotografia e as diversas escolas de pensamento que têm sido responsáveis por evoluções e revoluções que a moldou.
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